sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Capítulo 1 - Tempo de Festa.




~~~~~~~~Algo que ocorreu no Passado.~~~~~~~~

Tempo de Festa.


Todo o reino de Aralcana está festejando por causa da chegada do novo rei, menos minha família. Não sei direito; eles não quiseram me falar. É sempre a mesma coisa: ‘’ Você é criança. Não vai entender’’ ou ‘’ Não é de seu interesse, ainda é nova’’, a única coisa que eles me disseram foi: ‘’ Guilherme é um babaca. Tamanha foi a idiotice de sua atitude’’. Droga! Eu já tenho 12 anos, e eles continuam me tratando como criancinha!

Minha irmã de 9 anos e eu queremos muito ir na festa que está acontecendo na vila, mas meus pais não deixam.

Fui pro meu quarto batendo o pé e resmungando. Minha irmã, pobrezinha, não fazia idéia do porque de eu estar daquele jeito, mas, mesmo assim ela foi até o quarto, junto á mim fazendo a mesma coisa: Batendo o pé, com a cara emburrada.

Me alegrei quando vi um banco perto da janela. Era minha chance de fugir.
Pus um sorriso no rosto e fui falar com meus pais.

– Benção- Eu pedi á eles.
– Deus te abençoe minha filha, desculpa mas é errado participar da festa..- Disse mamãe dando um pequeno sorriso, e em seguida me dando um beijo de boa noite. Papai fez o mesmo.

Fui pro quarto novamente, só que dessa vez sorrindo e saltitando alegremente. Gritei ‘’ Boa Noite’’ bem alto para que todos pudessem escutar. Fechei a porta cuidadosamente para que ela não fizesse barulho algum.

Minha irmã estava sentada na cama, ainda triste.
– Animo menina! – Falei dando uma cabeçada nela (ela odeia quando eu faço isso).
– Aii irmã! Caramba!- Disse Gabrielle com a mão na cabeça, choramingando.
– Pare de chorar, bebezinha. – Dei língua pra ela, a deixando mais chateada ainda. Eu ri.
– Irmãnzinha chata!
– Er, também te amo. Agora pare de chorar! Nós vamos na festa. – Eu pus o pé no banco e fiz pose de heroína.
– Verdade?!- Ela gritou feliz.
– É, mas para de gritar se não nós não vamos!
– Okay maninha, he he...
Peguei o banco, e o pus debaixo da janela e subi.
– Eu vou primeiro e depois você vai vir – eu a avisei, fitando-a - e não faça barulho. – terminei a frase dando ênfase a última palavra.
– Yes, yu higness.
*Dando língua* - Se fala: Yes, your highness.
– Eu já sabia..
*Pulando* - Sei..
Gabrielle subiu no banco desajeitadamente e pos a mão na janela. Quando ela ia se debrusar pra pular, sua mão escorregou e ela caiu.
*Sorrindo* - Te peguei ninha!
– Hihi..
A coloquei no chão, peguei em sua mão e fomos para a festa.
Lá tinha muita gente, umas estavam rindo, outras brincando, bebendo e outras fazendo coisas com a boca, da qual a Gabi ainda não entendia.
Gabriela e eu só podíamos ver as coisas, pois não tínhamos dinheiro para comprar nada.
Fomos á barraca de pescaria. Minha irmã se divertia olhando os peixes fugindo da vara.
– E vocês mocinhas? Vão brincar? - Falou o homem da barraca nos olhando.
*Gritando* - Sim!
*Olhando de cara feia para irmã*- Não! Nós não temos dinheiro.
– Sim, elas vão brincar sim. – Disse um menino alto e de cabelos castanhos me interrompendo - certo, Mira?
– Yes, sir! – Respondeu uma gatinha preta com manchas vermelhas pelo corpo e com asas, pousando no ombro do menino.
Ele é lindo. Fiquei vermelha; E acho que ele percebeu pois ele deu uma risada de leve, que pra mim foi a mais linda do mundo.
– Hum.. deixe me ver, onde eu coloquei o dinheiro?- Indagou ele, procurando atrapalhadamente – Ah, sim. Aqui está..-Deu um sorriso simpático e entregou o dinheiro ao homem do peixinho.
– O-obrigada..- Agradeci sem jeito.
– Obrigada, moço estranho.
– De nada..- Respondeu ele dando uma leve bagunçada no meu cabelo e no de minha irmã.
Fiquei mais sem jeito ainda.
– Aqui está- Falou o moço da pescaria nos entregando as varas.
A minha vara era maior do que a da Gabrielle, então resolvi trocar.
– Toma Gabi. A minha é maior do que a sua. Você precisa mais do que eu.- Eu ri e troquei o instrumento de pesca com ela.
– Irmã boba.
– Para com isso, haha.- Eu a provoquei dando uma cabeçada de leve( adoro).
O menino ruivo, que por sinal estava atrás da gente, riu, fazendo com que eu me assustasse. ‘’ Ele ainda ta aqui?” eu pensei. Deixei Gabrielle de lado e fui pescar. Eu estava um pouco estranha, acho que era por causa do menino.
Passado o tempo, nós conseguimos pescar.
A bebezinha chorona conseguiu pegar um peixe grande. E eu? Nossa, minúsculo.
– O meu é maior!
– Aham. Sorte de principiante..
*Rindo* - Haha, e eu bem que sei.
*Revirando os olhos*- Rum..
– Aqui está mocinha- Falou alto o moço do peixe, para que nós pudéssemos prestar atenção nele. Depois nos entregou os peixes dentro da sacola e encarou o menino ruivo com um olhar,digamos assim ‘’ reprovador”.
– Hehe, vamos sair daqui meninas. – Pos as mãos em nossos ombros e começou a nos empurrar. – Te vejo amanhã na Guilda, Akito!- Gritou o menino.
‘’Parece que ele conhece o carinha do peixinho.’’- pensei.
– Até, Dylan! – respondeu o homem.~

~~~~~~~~~~~~~~~~~M.D~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nós andamos pela festa. Olhamos as barracas, vimos as pessoas brincando e etc.
A tal de Mira não saia do lado de minha irmã. As duas estavam se divertindo muito.
– Guilda, é ?
– Sim. Vou te explicar de um modo que você possa entender com mais facilidade. Guilda é um lugar onde você pode arranjar ‘’trabalhos’’ temporários e ganhar uma certa quantia em dinheiro por esse trabalho.
– Parece fácil.
– Ér, realmente PARECE fácil, mas não é. Tem muitos trabalhos que são perigosos.
– Sei...
Ficamos em silencio por alguns minutos, até que eu resolvi novamente acabar com ele.
– Então quer dizer que seu nome é Dylan? – Indaguei caminhado.
– É sim, porque ?
– Por nada não. E o nome dela é Mira? Ou é apelido?
– Apeliiiido.. Porqueêêê ?
Ele parou, pôs a mão no bolso de sua calça e ficou parado me encarando.
– Ixi, por nada não.
– Sei.. E o seu?
– Meu ?
–Ér. Seu nome. Qual é?
– Não digo meu nome a estranhos. – Respondi com o passo apressado, andando na frente dele.
– Oia, oia, espere ae mocinha.- Disse ele acelerando o passo também. – Eu paguei uma coisa pra você! No mínimo deveria me dizer seu nome.
– Pagou porque quis.
– O nome dela é Annie. - Respondeu minha irmã, se intrometendo onde não foi chamada.
– Gabrielle!- Chamei-lhe a atenção.
– Ops.. he he...- Falou a gatinha pousando no ombro de minha irmã.
– Agrh! Dar uma volta sozinha. – Gritei e fui correndo pro local distante deles.
– Maninha!
Escutei minha irmã chamar, mas nem dei bola.
Vi algumas joias, e armas (mal feitas) e fui de encontro a eles.
– Pronto.
– Já está mais calminha? – Perguntou o ruivo me provocando.
– Ér, to sim.
Olhei em volta para ver se achava Gabrielle, mas eu só via gente, e mais gente.
– Onde ela está?
– Ela quem?
– Minha irmã!
– Pensei que ela estivesse contigo. Ela foi atrás de você.
– Atrás de mim?!- Eu berrei- Como você pôde deixar uma criança andar por ai sozinha?
– A culpa não é minha se ela tem uma irmã desnaturada!
– Argh! Eu vou procurar ela!- Disse nervosa.
– Eu também vou.
–Então vai pelo outro lado.
– Aaaa! Para com isso garota!! Que droga! Olha, me encontre daqui a pouco perto da biblioteca.
– Ta!
Meleca! E agora? Será que eu perdi minha irmã? Minha irmã vai me matar!
– Gabrielle!
Eu gritava por todo o lado procurando por minha irmã. Até que eu a avistei sendo posta em cima de um cavalo por um homem de altura aparentemente média. Corri até eles.
Quando cheguei lá ele já tinha montado no animal e o havia chicoteado para que ele pudesse começar a cavalgar. Entrei na frente com a esperança de que ele desse o comando para o cavalo parar e me entregasse minha irmã. Mas foi em vã.
– Cuidado!- Gritou Dylan se jogando por cima de mim, fazendo com que eu caísse na grama. Como eu tinha caído por cima dele, ficou fácil me erguer.
Me levantei e fui atrás do cavalo.
– Gabrielle!- Berrei com muito força. -Gabrielle!
‘’ Irmã’’ foi a palavra que eu tive impressão de ter escutado.
– Dylan!- Gritou uma voz meio fina. Mas como se não tinha mas ninguém no cavalo além de minha irmã e do misterioso homem.
– Miracle!- Gritou o ruivo com toda força.



~~~~~~~~~~~~~~~~Me lembro desse dia como se tivesse sido ontem..~~~~~~~~~~~~~

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